sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O amor é o seu ser


O amor é o seu ser. E no momento em que usamos a palavra ‘Deus’, grandes controvérsias se levantam. Use a palavra ‘amor’, e ficam descartados: teísmo, ateísmo e todo tipo de argumentos desnecessários.

texto completo em http://www.palavrasdeosho.com/2010/05/amor-e-deus.html

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Todos nós pararíamos de criar se não existisse mais nada para ser criado.

Temos muito interesse em continuar o jogo. Apesar do fato de que dizemos que gostaríamos de resolver todos os problemas, não ousamos fazer isso, porque nesse caso não teríamos mais o que fazer.

Seu complexo militar-industrial entende isso muito bem. É por esse motivo que ele se opõe terminantemente a qualquer tentativa de estabelecimento de uma política contrária à guerra, em qualquer lugar.

Suas instituições médicas também entendem isso. É por esse motivo que se opõem firmemente – têm de fazê-lo, para a sua própria sobrevivência – a novas drogas, terapias ou curas milagrosas, e ainda mais à possibilidade de milagres.

Sua comunidade religiosa também tem essa lucidez. É por esse motivo que sempre se opõe a qualquer definição de Deus que não inclua medo, julgamento e punição, e a qualquer definição do Eu que não inclua a sua própria idéia do único caminho para Deus.

Se eu lhe disser que você é Deus – para onde vai a religião? Se eu lhe disser que você já está curado, para onde vão a ciência e a medicina? Se eu lhe disser que você deve viver em paz, para onde vão os pacificadores? Se eu lhe disser que o mundo é fixo, para onde vai o mundo?


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O verdadeiro líder não é aquele que tem mais seguidores, mas aquele que forma mais líderes

O melhor momento para Deus é aquele em que você percebe que não precisa de um Deus.
Eu, Eu sei… isso é o oposto de tudo que já lhe ensinaram.Contudo, seus mestres lhe falaram sobre um Deus rancoroso e ciumento, que precisa se sentir necessário. E esse não é de modo algum um Deus, mas um substituto neurótico para o que seria uma divindade.
O verdadeiro Mestre não é aquele que tem mais discípulos, mas aquele que forma mais Mestres.
O verdadeiro líder não é aquele que tem mais seguidores, mas aquele que forma mais líderes.
O verdadeiro rei não é aquele que tem mais súditos, mas aquele que confere dignidade real a mais pessoas.
O verdadeiro professor não é aquele que tem mais conhecimento, mas aquele que o transmite a mais alunos.
E o verdadeiro Deus não é Aquele que tem mais servos, mas Aquele que serve mais, tornando assim deuses todas as outras pessoas.
Porque o objetivo e a glória de Deus é que os seus servos não sejam mais servos, e que todos saibam que Ele não é inatingível, mas inevitável.
Gostaria que você pudesse compreender isto: que a felicidade do seu destino é inevitável.
Você não pode deixar de ser “salvo”.
Não existe inferno, a não ser o que provém do desconhecimento desse fato.
Então agora, como pai, marido e ente querido, tente não tornar o seu amor uma cola que gruda, mas um ímã que a princípio atrai, depois vira ao contrário e repele, para que aqueles que são atraídos não comecem a achar que precisam grudar em você para sobreviver. Nada poderia estar mais longe da verdade. Nada poderia ser mais prejudicial para eles.
Deixe o seu amor impulsionar os seus entes queridos para o mundo – e para a experiência completa de quem eles são. Dessa forma, você realmente os amará.



sábado, 12 de novembro de 2011

Prefeririam ver um homem morrendo sem um gemido no campo de batalha do que uma mulher fazendo amor ...

Prefeririam ver um homem morrendo sem um gemido no campo de batalha do que uma mulher fazendo amor entre gemidos na rua.

Então “errado” é certo, e “certo” é errado!
Eu lhe digo isto para ajudá-lo a enfrentar o seu dilema: não acredite em nada do que Eu falo. Simplesmente viva e experimente isso. Depois viva qualquer outro paradigma que queira criar. A seguir, olhe para a sua experiência para descobrir a sua verdade.
Um dia, se você tiver muita coragem, experimentará um mundo em que fazer amor será considerado melhor do que fazer guerra. Nesse dia, você se rejubilará.

sábado, 5 de novembro de 2011

Diversidade e Diferenças e Semelhanças


O respeito pela diversidade de grupos e indivíduos humanos não pode estar acima da identidade que integra e unifica a família humana. Afinal, a própria diversidade é produto dessa instância que integra o diferente no semelhante, somos todos criativos e por ser criativos somos humanos. Quando vivemos consagrados a ser únicos e originais, exclusivos e diferentes, corremos o risco de nos distanciar tanto de nossa humanidade que acabamos dando um tiro no próprio pé; perdemos de vista a fonte do dom criativo que nos permitia inclusive nos sentirmos únicos, originais, exclusivos e diferentes. Respeitar as diferenças é fundamental, porque o dom criativo estabelece e origina as diferenças. Porém, porque somos todos criativos há uma identidade em comum que deve ser respeitada acima das diferenças.

Todos os grupos étnicos ou culturais, todos os indivíduos com suas peculiaridades e inclinações, todos os seres humanos merecem a garantia de um lugar entre o céu e a terra, espaço suficiente para manobrar de acordo com suas livres decisões e inerente criatividade; afinal, somos humanos porque temos o dom de criar. Porém, se a convivência da diversidade de grupos e indivíduos degringola na competição e inimizade entre eles assim se perderá algo que está acima do respeito à diversidade, que é a garantia de uma identidade em comum; somos todos de uma mesma espécie, somos humanos. Quando se perde de vista o valor maior, o princípio que garante inclusive o respeito à diversidade, então o grupo, grupos ou indivíduos que assim agirem atentam contra si mesmos e, claro, contra toda a família humana.

Oscar Quiroga

domingo, 30 de outubro de 2011

Você é bondade, misericórdia, compreensão, paz, alegria e luz.



Você é bondade, misericórdia, compreensão, paz, alegria e luz.
É perdão, paciência, força, coragem, um auxílio em caso de necessidade, um conforto no sofrimento, uma cura para as feridas, um mestre nos momentos de inquietação. É a sabedoria mais profunda e a verdade mais elevada; a maior paz e o amor mais sublime. É tudo isso. E em alguns momentos de sua vida você se conheceu como essas verdades.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Amolher

All that a man needs is to be inside a woman and to be aware of woman inside him.
Because woman is love, and there is the right place to be.

Tudo o que um homem precisa é estar dentro de uma mulher e ter consciência da mulher dentro dele.
Porque a mulher é amor, e lá é o lugar certo para estar.

W(ome)n

Amol(he)r

W(amo)n

Amu(lhe)r

Who Me in, eL ove?
eL oven, eL st.ove, Women Love. eL Eve iN. El even. St.Eve iN. S even. eL ive. eL if E.





"Um homem jamais pode entender o tipo de solidão que uma mulher experimenta. Um homem se deita sobre o útero da mulher apenas para se fortalecer, ele se nutre desta fusão, se ergue e vai ao mundo, a seu trabalho, a sua batalha, sua arte. Ele não é solitário. Ele é ocupado. A memória de nadar no líquido aminótico lhe dá energia, completude. A mulher pode ser ocupada também, mas ela se sente vazia. Sensualidade para ela não é apenas uma onda de prazer em que ela se banhou, uma carga elétrica de prazer no contato com outra. Quando o homem se deita sobre o útero dela, ela é preenchida, cada ato de amor, ter o homem dentro dela, um ato de nascer e renascer, carregar uma criança e carregar um homem. Toda vez que o homem deita em seu útero se renova no desejo de agir, de ser. Mas para uma mulher, o climax não é o nascimento, mas o momento em que o homem descansa dentro dela."
Anaïs Nin

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Problema ⇒ reação ⇒ solução

...a mais poderosa das técnicas de manipulação é uma que eu chamo Problema-Reação-Solução. Ela funciona assim:

Você quer introduzir algo que você sabe que as pessoas não vão gostar. Esse algo pode ser mais poder para a polícia, uma erosão adicional de liberdades básicas, até mesmo uma guerra. Você sabe que se você oferecer estas políticas abertamente as pessoas reagirão contra elas. Assim você cria primeiro um PROBLEMA, uma taxa de crime ascendente, mais violência, um atentado terrorista, um colapso do governo, ou você pega uma de suas marionetes, como Saddam Hussein, para ir à guerra.

Você assegura-se que outra pessoa seja culpada por este problema e não você (que na verdade é quem está por trás de tudo). Assim você cria um "bode expiatório", como eles os chamam na América, um Timothy McVeigh ou um Lee Harvey Oswald. Então, você usa sua mídia para dizer as pessoas o que eles devem pensar sobre seu evento fabricado e quem eles devem culpar por isto. Isto nos traz para o estágio dois, a REAÇÃO das pessoas: "Isso não pode continuar, o que ELES vão fazer sobre isto?

Então, isto permite que ELES ofereçam abertamente a SOLUÇÃO aos problemas que eles criaram - nova legislação que avança a agenda deles de centralização do poder global ou a erosão de mais liberdades básicas. Esta técnica está sendo usada todo o tempo na mente e nas emoções humanas, não menos com uma corrente de crianças e adultos mente-controlados que enlouquecem com armas ao redor do mundo e imediatamente incitam leis de controle de armas.
Extrato de http://www.umanovaera.com/reptilianos/quem_realmente_governa_o_mundo.htm


Esta "problema-reacção-solução" técnica não é apenas usado para criar e controlar as guerras, mas também pode ser aplicado a qualquer situação onde você quer produzir um resultado particular. Por exemplo, esta técnica está sendo usada para centralizar o poder no mundo financeiro. Também pode ser usado para introduzir novas leis que restringem nossas liberdades civis.

Então, quando você vê algum história grande no noticiário - quer se trate de um suposto ataque terrorista, uma corrida sobre uma moeda, a perda acidental de dados das pessoas, ou uma alegação de que algum país pobre tem desenvolvido armas nucleares - a primeira pergunta que você precisa perguntar a si mesmo é esta: "Quem se beneficia de eu crer nessas informações?"

Tradução do trecho do artigo em http://abundanthope.net/pages/Political_Information_43/PROBLEM---REACTION---SOLUTION.shtml



Abraham Lincoln disse: "A opinião Pública é tudo. Com o sentimento público nada pode falhar. Sem ele nada pode suceder. Aquele que molda opinião é maior do que aquele que promulga as leis." Se você molda a opinião você promulga qualquer lei, é tudo um jogo. Adolf Hitler em Mein Kampf: "Toda propaganda deve ser tão popular e em um nivel tão intelectual que até o mais estupido daqueles para os quais é dirigida, vai entender. As pessoas podem ser feitas para perceber o paraiso como o inferno, e ao contrário, considerar o tipo mais miserável de vida como o paraiso." (idem)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A cada correção que fazeis em vossa jornada estais corrigindo a trajetória de toda a humanidade


É tempo de vos reconhecer como Filhos de Deus, seres de luz que detém o mesmo poder do Pai, que podem concretizar o ideal maior de ser feliz recuperando a alegria de viver, cultivando a compreensão, amando, amando, amando mais do que tudo seus semelhantes, aceitando a verdade que estais ligados a tudo que tem vida pela força da origem de todos, que é só uma, filhos do Pai Criador.

Quão difícil é para vós humanos acreditar em vossa filiação divina, quão difícil aceitar que vosso poder é ilimitado, quão difícil recuperar a compreensão de que necessitais reaprender a compartilhar, e que compartilhando o que tendes recebido da vida atraireis tudo que ainda não chegou a vós e que precisais para ser feliz.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

13 = Comunidades com os homens


COMUNIDADE COM OS HOMENS em espaço aberto.
Sucesso.
É favorável atravessar a grande água.
É favorável a perseverança do homem superior.

A verdadeira comunidade entre os homens deve basear-se em interesses de caráter universal. Não são os propósitos particulares do indivíduo, mas os objetivos da humanidade que criam uma comunidade duradoura entre os homens. Por isso se diz que a comunidade com os homens em espaço aberto tem sucesso. Quando prevalece esse tipo de união, deve-se levar a cabo até mesmo tarefas difíceis e perigosas, como a travessia da grande água. Porém, para que se possa formar uma tal comunidade, é necessário um líder perseverante e lúcido que tenha metas claras, convincentes, que despertem entusiasmo e que possua força para realizá-las. (O trigrama inferior significa claridade, o exterior significa força.)

O céu junto com o fogo.
a imagem da COMUNIDADE COM OS HOMENS.
Assim o homem superior estrutura os clãs e estabelece distinções entre as coisas.

O céu se movimenta na mesma direção que o fogo e, no entanto, são diferentes um do outro. Assim como os corpos luminosos no céu servem para a articulação e divisão do tempo, a comunidade humana e todas as coisas que pertencem à mesma espécie devem ser estruturadas organicamente. A comunidade não deve ser um simplesconglomerado de indivíduos ou coisas _ isso seria um caos, e não uma comunidade _, mas para que a ordem se estabeleça é necessário que haja uma organização entre a diversidade dos seres.

Texto completo em http://app.uol.com.br/iching/mensagem.php?msg=9_8_7_7_9_9

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

“Conhece a ti mesmo”

“Conhece a ti mesmo”, foi a antiga admoestação do Oráculo de Delfos

As tradições de sabedoria antiga sempre retratam o “homem”(masculino e feminino), como um ser composto e freqüentemente como o reflexo microcósmico do universo vivo consciente: como acima, assim abaixo. Platão, por exemplo, alegoriza o reino de fora (o Estado ideal) e dentro (nós mesmos) como uma República composto por muitos cidadãos. Ele a descreve como uma política diversificada, mas interdependente, idealmente governado pelo filósofo, o herói sabedoria-amorosa que se esforçou de a subida íngreme e acidentada da prisão da ignorância para o reino luminoso da verdade. Auto-descoberta é um processo de auto-transformação: progressiva domesticação e refinamento dos elementos desordenados da alma, e “solarizando” a natureza interna por meio da identificação com o autor do próprio ser e seus ideais radiantes de Justiça, Beleza e Bem.
Regra orientadora de Sócrates foi “Conhece a ti mesmo”. Estas palavras estão entre as mais poderosas já proferidas, e de significado eterno. Não há melhor conselho alguma vez dado ao homem ou mulher. Quando se começa a explorar este ditado que leva a compreensões profundas sobre toda a criação. Faz infelicidade, medo, tristeza, dúvida e todas as emoções negativas sem sentido.

“O reino de Deus está dentro de você.” Jesus

“Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3:16).

A teu próprio eu sê verdadeiro. ~ Shakespeare

Vire os holofotes para dentro. ~ Gandhi

Confie em si mesmo e você saberá como viver. ~ Goethe
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por Santos Bonacci
http://www.youtube.com/watch?v=b2luC4AHmHE

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ciência e Religião



Crer, acreditar é um conforto. Pensar, refletir é um esforço…
E entre o que é confortante pra alma, que é acreditar em alguma coisa, e o que requer esforço dessa mesma alma, para pesquisar, pensar, descortinar … É exatamente entre estas duas posturas humanas: acreditar e procurar saber. Que se situam o conjunto das tentativas da humanidade de criar sistemas de ideias que possam nortear o caminhar desta humanidade…


... porque na medida que a ciência evolui, não havendo o necessário acompanhamento do progresso moral dos habitantes da terra. Ter muita ciência disponível mas sem a devida estruturação na moral das pessoas, no código de conduta, é a forma mais fácil para auto-destruição e pra destruição do ambiente existencial, ou seja, do planeta que essa família está residindo. O grande problema é como conciliar o progresso moral das pessoas que vivem na Terra, que, a princípio, esse progresso moral deveria ser cuidado pelas religiões, com o progresso tecnológico que --estranho-- aqui na terra é movido, os senhores e as senhoras sabem porque, pelas guerras. 
--- Jan Val Ellam http://www.youtube.com/watch?v=M2EwRfxaRJc#t=247s


A poesia está guardada nas palavras — é tudo que
eu sei.
Meu fado é de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.
--- Manoel de Barros
http://www.youtube.com/watch?v=M2EwRfxaRJc#t=3862s


... pois que somente uma religião haverá de existir no futuro ---se nós cidadãos terráqueos tivermos futuro. E essa religião é a religião do amor. É quando todos os seres que vivem na Terra, independente de pertencer a esta ou aquela religião, ou mesmo de pertencerem a alguma religião, amealhem no coração o amor suficiente para que se permitam expressar a sua cidadania de modo a dignificar a vida e não a enfeia-la.
http://www.youtube.com/watch?v=M2EwRfxaRJc#t=5390s

Nós precisamos construir escolas. 
http://www.youtube.com/watch?v=M2EwRfxaRJc#t=5535s


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sobre o perdão



Pedro: Mestre, Tiago e eu não estamos de acordo sobre teus ensinamentos com respeito à redenção do pecado. Tiago afirma que tu nos ensina que o Pai nos perdoa até antes de pedirmos. Eu sustento que o arrependimento e a confissão devem preceder o perdão. Qual de nós está certo? 

Meus irmãos, errais em vossas opiniões porque não compreendeis a natureza das íntimas e amorosas relações entre a criatura e o Criador, entre os homens e Deus. Não alcançais o conhecimento da compaixão compreensiva que os pais sábios têm para com seus filhos imaturos e, às vezes, equivocados. 

Duvido que um pai inteligente e amoroso precise alguma vez perdoar um filho normal. Relações de compreensão associadas ao amor impedem desavenças que mais tarde requeiram reajuste e arrependimento por parte do filho e perdão por parte do pai. 

Digo-vos que uma parte de cada pai vive no filho. E o pai desfruta de prioridadee superioridade de compreensão em todos os assuntos relacionados com o filho. 

O pai pode ver a imaturidade do filho por meio de sua própria maturidade: a experiência mais amadurecida do velho.

Pois bem, para com os filhos pequenos, o Pai Celestial tem infinita simpatia e compreensão amorosa. O perdão divino, portanto, é inevitável. É inerente e inalienável à infinita compreensão de Deus e a seu perfeito conhecimento de tudo quanto concerne aos juízos errôneos e opções equivocadas do filho. Ajustiça divina é tão eternamente justa que inclui, inevitavelmente, o perdão compreensivo. 

Quando um homem sábio entender os impulsos íntimos de seus semelhantes, ele os amará. E quando amardes vosso irmão, já o tereis perdoado. Esta capacidade de compreender a natureza do homem e perdoar seus aparentes equívocos é divina. Em verdade vos digo que, se fordes pais sábios, esta deverá ser a forma de amardes e compreenderdes vossos filhos. E até os perdoareis quando um desacordo momentâneo vos houver separado.

O filho, sendo imaturo e carente de compreensão quanto à profunda relação pai-filho, terá freqüentemente uma sensação de separação diante de seu pai. Mas o verdadeiro pai nunca admitirá essa separação. O pecado é a experiência da consciência da criatura; não faz parte da consciência de Deus.

Vossa falta de capacidade e de vontade de perdoar vossos semelhantes é a medida da vossa imaturidade e a razão dos fracassos na hora de alcançar o amor. 

Vós manterdes rancores e alimentais vinganças na proporção direta da vossa ignorância sobre a natureza interna e os verdadeiros desejos de vossos filhos e do próximo. O amor é o resultado da divina e íntima necessidade da vida. Funda-se na compreensão, nutre-se do serviço generoso e aperfeiçoa-se na sabedoria.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O centésimo macaco


Nós somos seres muito preciosos e muito belos para sermos criados apenas por um instante na eternidade. Os corpos que habitamos são veículos perfeitos que escolhemos para movimentar-nos e nos permitem participar da vida e de seu papel no plano material. Entretanto, sucumbimos à ilusão e cremos que somos nosso corpo. Nossa origem remonta a um longinqüo passado, recolhemos desde um tempo infinito nossa herança, esquecemos tudo, chegamos até a esquecer de nós mesmos. Negamos com todas as nossas forças que somos essa criação, negamos o fato de sermos responsáveis pela criação.
Criamos tudo sem cessar e somos o que pensamos. Se imaginarmos em pensamento que nos uniremos a outra pessoa, nosso ser inteiro vibra. Se pensarmos muito na miséria, acabamos por sofrê-la. Se sonharmos com a alegria, ela se tornará nossa. É assim que tecemos nosso futuro. Todo pensamento, todo o fantasma, toda a emoção que alimentarmos engendram um sentimento em nós que é registrado e memorizado em nossos corpos sutis.

Esse sentimento determinará as condições da nossa vida, ele atrairá as circunstâncias que lhe correspondem e que o despertarão, pois ficou armazenado em nossos corpos sutis. Cada palavra pronunciada tece nossos dias vindouros, pois as palavras são sons que exprimem os sentimentos de nossa alma, os quais são também, por sua vez, nascidos dos nossos pensamentos.

Ninguém é vítima da vontade ou dos projetos de qualquer ser humano. Nossa imaginação já se apoderou de um pensamento: “como seria isso se…?”, ou então ela sucumbiu aos seus medos. Ou alguém disse que isso deveria ser assim mesmo e não de outra forma, e nós o tomamos como sendo dinheiro vivo. Nada do que nos acontece é gratuito. São os pensamentos e as emoções que constituem a base de tudo.

Durante milênios, diferentes entidades tentaram fazer-nos entender esse funcionamento – por meio de enigmas, de contos ou escritos – mas a maioria dentre nós recusou recordar-se. Existem poucos dentre nós que estão prontos para assumir sua vida. Mas o cosmos é feito assim, ele é o sistema mais perfeito, mais leal e mais justo que existe. Ele dá a possibilidade a cada um de nós de tornar-nos nós mesmos, seja o que for que pensemos; que somos o indivíduo o mais ignóbil ou o mais feio, o mais notável ou o mais nobre. Colhemos o fruto de nossas palavras. Somos o que pensamos. Quanto mais nos desvalorizamos, mais perdemos de nosso valor. Quanto mais subestimamos nossa inteligência mais nos bestilizamos. Quanto mais nos acharmos feios mais seremos disformes. Quanto mais nos sentirmos pobres mais seremos lastimáveis. Quem é, pois o criador da vida? Nós mesmos!

O que a maior parte dos seres humanos engendra hoje em dia? Nossas maiores criações são guerras, desgraças, esperanças, tristezas, miséria, ódio, discórdia, auto-rejeição, doença e morte. A maioria de nós restringe sua vida, aceitando as idéias limitadas que se tornaram sólidas verdades que formam nossa vida. Portanto, construímos nossa própria prisão. Tantos humanos se isolam toda uma vida porque têm um julgamento sobre tudo, sobre seus semelhantes e principalmente sobre si mesmos. Vivem seguindo uma moda que tem por nome beleza, rodeiam-se de objetos “que fazem bem” para não desgostar seus freqüentadores. Não passam de crianças, vindos ao mundo simplesmente para crescer, antes de perder aos poucos sua vitalidade, tornar-se senis antes da idade e passar para o outro lado.

Nós, grandes criaturas que fomos, eis que nos tornamos carneiros, isolamos-nos nas grandes cidades e nelas vegetamos cheios de medo, com as portas fechadas com dupla fechadura.

Em lugar de viver em alegria e com amor, construímos grandes edifícios e desenvolvemos uma consciência que amedronta. Criamos uma sociedade que regula e controla nossos pensamentos, nossas crenças, nossos atos e nossa aparência. O fogo criador que vive em nós, que tem o poder de apoderar-se de um pensamento e dar vida à qualquer forma que seja, caiu em sua própria armadilha, sucumbindo às crenças, aos dogmas, às modas, às tradições, por causa dos pensamentos limitantes, limitantes, limitantes!

Temos, entretanto, a cada dia, a livre escolha de colocar a serviço do mundo nossos pensamentos, nossa imaginação e nossos sentimentos numa meta construtiva para outros e para nós mesmos.

Demonstrarei para o leitor, pelo exemplo do centésimo macaco, o que acontecerá quando um grande número de humanos tiver atingido um potencial de consciência suficientemente elevado.

Monkey in the sun
Cientistas fizeram experiências numa ilha japonesa com um grupo de macacos. Jogaram para os macacos batatas doces na areia para estudar seu comportamento. Estes espalharam-nas, comeram-nas, mas perceberam o efeito desagradável que a areia produziu em seus dentes. Um deles, mais astuto do que os outros, aproximou-se de um riacho e lavou a batata doce.

Curiosos como são os macacos, os outros observaram-no para ver o que ele estava fazendo. Quando perceberam que ele apreciava aparentemente o gosto das batatas doces sem areia, eles imitaram-no. Quando os pesquisadores atiravam-lhes as batatas os macacos iam lavá-las diretamente no riacho. Noventa e nove fizeram a mesma coisa, menos o centésimo, o Nikola Tesla dos macacos, o único que não ia ao riacho mas no mar para lavar sua batata com água salgada. Este macaco percebeu que ela tinha muito melhor sabor com sal. É então que aconteceu algo interessante: não somente os macacos dessa ilha o imitaram, mas também aqueles de uma ilha vizinha situada a 90 km aos quais foram jogadas as batatas. Eles também, iam diretamente ao mar para lavá-las. No continente, passou-se o mesmo fenômeno.

O centésimo macaco havia liberado um potencial de energia suficiente para que o pensamento atingisse os outros macacos da ilha vizinha. Rupert Sheldrak designa essas transferências de “campos morfo-genéticos.”

Encontramos esse mesmo princípio nas invenções. Verificamos que uma descoberta realizada num país é também freqüentemente descoberta em outro país, sem que os dois inventores se conheçam.

Trata-se aí do mesmo princípio. Pode ser que o primeiro inventor pesquise durante décadas para fazer uma descoberta. Uma vez realizada essa descoberta, o processo de pensamento energético terminado, a abertura está feita e esse pensamento é agora registrado a um nível energético. Para todos os outros pesquisadores que trabalham num projeto semelhante, de agora em diante será mais fácil atingir a meta, pois o primeiro inventor, ou o centésimo macaco, fez a abertura.

Transpondo para o nosso assunto, isso significa que quando um número suficientemente grande de seres humanos na terra houver alcançado um nível de consciência mais elevado, será mais simples para o resto da humanidade chegar a esse ponto. Os pioneiros construíram certo potencial, que se transmitirá automáticamernte para todos os outros; isto também faz parte da lei de ressonância.

A maioria dos seres humanos tem o seguinte raciocínio: Sim, mas sozinho não posso mudar nada! O exemplo precedente demonstra que poderíeis ser vós o centésimo macaco, graças a vossa intuição ou a uma descoberta que ireis fazer. Pode ser que outras pessoas já tenham trabalhado antes de vós para encontrar uma solução de um problema, mas não conseguiram fazer uma abertura. Pode ser que só precise do esforço de uma única pessoa para que os outros encontrem essa solução. Vossa contribuição pode parecer, num primeiro instante, insignificante. Talvez ireis conseguir dominar vosso ciúme ou libertar-vos de uma dependência ou então estais no ponto de fazer uma descoberta?

Também tive a seguinte preocupação: Por que escrever um livro sobre um assunto tabu? Por que deveria eu, aos 26 anos, ter o trabalho de escrever um livro sobre esse assunto difícil, enquanto que outros autores renomados o escreveram sem ter sucesso? Mas é talvez precisamente esse livro, impregnado com todos meus esforços, com todo o meu trabalho, com todos os meus pensamentos e todos os meus sentimentos, que era necessário para que os autores precedentes vissem seu trabalho coroado de sucesso, para que o potencial energético se libere.

É como gota d’água que faz transbordar o vaso. É, portanto, uma gota perfeitamente comum, parecendo-se perfeitamente com as outras, que vai romper a superfície da água e a fará transbordar.

Vede, não é necessário ser absolutamente conhecido ou ser “alguém em particular” para ser um herói. O centésimo macaco não pensou que ele seria o desencadeador do processo.
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extrato de
As Sociedades Secretas
E SEU PODER NO SÉCULO XX

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Não existe mas somente há Sim.

Three Suzys
Sim é sabedoria.
Não é experiência.

Primeiramente tudo sabemos. Todo conhecimento contemos assim.

Sim é o Um.
Não é o Vazio.

Convidamos o não para a experimentar em nossas vidas. Pois se tudo sabemos nos resta experimentar o que somos.

A Natureza é Sim. Não conhece não.

Sim mente bem.
Não mente mal.

Sim liga.
Não desliga.

A leitura do sim desperta.
A leitura do não aperta.

Simpatia, Simbolo, Simples, Simbiose, Simular, Símio, Similar, Simetria, …

Um bom resultado se obtém ao cuidar do uso do sim e do não reparar.

sábado, 24 de setembro de 2011

do amor ao amar

Da Nang Smile - 4




Amor é doação incondicional.
Amar é dar sem esperar qualquer retorno. Dar, desde um simples olhar até a própria vida.
Amar dispensa qualquer sacrifício ou julgamento. Cada um dá de si segundo a propriedade. Em espontâneo dar é o ser; pois reter é perecer.

sábado, 17 de setembro de 2011

Sobre a nudez social

*Por Viegas Fernandes da Costa

I – A genitália encoberta pela hipocrisia.
“Um nudista é uma pessoa que acredita que a indumentária não é necessária à moralidade do corpo humano. Não concebe que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisem esconder”, dizia Dora Vivacqua (1917-1967), a dançarina que entrou para a história do naturismo brasileiro sob o pseudônimo Luz del Fuego e como fundadora do primeiro clube naturista do Brasil, na Ilha do Sol, Rio de Janeiro, em 1954. 
Ativista da nudez social, Dora enfrentou o moralismo dos carolas de plantão através da exposição da sua nudez à sociedade e fundando um partido político ” o Partido Naturalista Brasileiro ” pelo qual chegou a se candidatar ao cargo de Deputada Federal. Apesar de todos os seus esforços, e do movimento que começou a se organizar a partir da sua atuação, a prática do naturismo enfrentou (e ainda enfrenta) muitas resistências em nosso país, tendo seus adeptos sofrido a repressão dos militares, da Igreja, da sociedade mal informada e daqueles que entendem a nudez humana como algo a ser explorado pela indústria pornográfica.
Ao iniciar estas breves reflexões a respeito da minha experiência com a nudez social, ocorre-me à lembrança uma matéria da revista Veja do final da década de 1990, que tratava da guerra civil na Libéria. Chamou-me especial atenção uma fotografia que exibia o cadáver de um homem nu que havia sido linchado pelos guerrilheiros e abandonado à rua. Podia-se ver todo corpo, suas feridas, a expressão de dor na face inerte e as lanhuras nos braços e pernas. Sobre o pênis, entretanto, uma espécie de tarja. Fiquei me perguntando o que seria mais obsceno: se a guerra civil e toda sorte de dor e destruição que esta provoca, onde cadáveres humanos são abandonados insepultos em meio à população que desesperadamente tenta sobreviver; ou se a exposição de um pênis aos olhos de leitores pudicos que poderiam se escandalizar, dando uma conotação sexual doentia a uma parte de um corpo humano barbaramente torturado e morto. Encaramos com naturalidade a guerra, o genocídio, a desestruturação social e a tortura, mas a nudez que nos cobre desde nosso nascimento é desnaturalizada ao ponto de um pênis supostamente chocar mais que a própria barbárie da guerra. Há, aqui, certamente, uma inversão de valores sobre a qual devemos nos questionar e incomodar.
Ao ler artigos de naturistas portugueses, deparo-me com a expressão “sociedade têxtil”, que sempre considerei pertinente e que pode ajudar a explicar a aversão da exposição da nudez total do corpo humano em sociedade para além do moral. Em 2008 Viviane Castro desfilou no carnaval carioca pela escola de samba São Clemente, “vestindo” apenas um tapa-sexo de três centímetros. Não fossem esses três centímetros, a passista seria considerada nua e sua escola perderia pontos junto aos jurados.
Em ensaio intitulado “O casaco de Marx”, Peter Stallybrass escreve que, em uma sociedade capitalista, a mercadoria “torna-se uma mercadoria não como uma coisa, mas como um valor de troca. Ela atinge a sua mais pura forma, na verdade, quando ela é mais esvaziada de particularidades e de seu caráter de coisa”. Para exemplificar sua afirmação, Stalybrass se utiliza dos usos que Karl Marx fazia do seu casaco; aqui, entretanto, quero me valer do tapa-sexo de três centímetros “vestido” por Viviane Castro. Afinal, qual a função representada pelo tapa-sexo em questão? Vestir? Cobrir uma nudez? Acaso o corpo de uma mulher restringe-se somente à vagina? À que ordem ou economia pertence a obrigatoriedade do encobrimento da genitália, ainda que ínfimo, nos regulamentos do carnaval carioca, uma festa popular que explora a sexualidade de forma tão explícita? Da mesma forma nos questionamos a respeito da moda que propõe transparências, principalmente no vestuário feminino, permitindo o vislumbrar dos seios e outras partes do corpo até então escondidas por tecidos opacos, sem entretanto fazer com que julguemos nua quem as veste. Está vestida de transparências, mas está vestida. 
Assim, qual a função da transparência na sociedade têxtil? O que faz com que uma mulher ou um homem sintam-se vestidos na praia, ainda que trajando minúsculos biquinis e sungas?

Certa vez ouvi um historiador da indumentária dizer que a moda ainda cometerá muitas ousadias, entretanto, jamais a de propor, seriamente, a nudez total para o ser humano, sob o risco de destruir a si e à indústria que alimenta. Tinha razão. O que liga o tapa-sexo, o casaco de Marx, as roupas transparentes, as sungas e os biquinis ínfimos é justamente o fato de estarem esvaziados do seu caráter de coisa, como disse Stalybrass. Tais objetos são, na realidade, representação, e possuem um caráter de mercadoria. O uso que fazemos deles, enquanto mercadoria, nem sempre corresponde a uma certa função de coisa que lhes possa ser inerente. Viviane Castro não “vestiu” o tapa-sexo de três centímetros para cobrir sua nudez, mas para atender às exigências de um discurso; da mesma forma que Marx não utilizava seu casaco para exclusivamente se proteger do frio, mas também para aparentar distinção a fim de que pudesse ser aceito na biblioteca onde fazia suas pesquisas. Quando vamos à praia vestidos de fios-dentais e sungas, oficialmente estamos atendendo também a uma ordem discursiva de pudicícia; entretanto, não é exatamente pudico nosso critério de escolha quando estamos em uma loja comprando a roupa de praia para o próximo verão. Todos sabemos o quanto uma roupa pode fetichizar nosso corpo, e é este poder de fetichização que muitas vezes buscamos quando nos postamos diante do espelho de um provador. Assim, ao escondermos, mostramos, e na maioria das vezes mostramos algo que não existe senão no desejo, seja no de exibir, seja no de ver. Não quero aqui, porém, incorrer no mesmo equívoco que critico. A fetichização estimulada pela idumentária não é, em si mesma, algo errado, desde que compreendida em sua dimensão cultural. Se a roupa me serve como instrumento de representação social, devo reconhecer tal fato, e não naturalizá-lo sob um discurso hipócrita que imputa aos genitais sujeira e vergonha. “Vergonhas” era como Pero Vaz de Caminha se referia às vaginas das nativas em sua carta de “achamento” ao rei de Portugal: “ali andavam entre eles três ou quatro moças, muito novas e gentis, com cabelos muito pretos e compridos, caídos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha”. Vejamos, Caminha está impregnado do discurso do seu tempo, ainda assim conclui dizendo que não tinham eles, europeus cristãos, vergonha alguma em contemplar a nudez dos nativos. Compreendeu Caminha que um corpo socialmente nu, que assume assim sua condição integral de corpo ante os olhos do outro, deixa de ser apenas uma vagina, um pênis ou um par de seios?


O poder econômico reprimiu nossa nudez e agora pode vendê-la; o poder simbólico da ética judaico-cristã, moldada no elogio da dor e da carência, reprimiu nossa nudez, desejos e prazeres para assim melhor nos disciplinar. Disciplina que nos move para a guerra e para a fábrica; economia que nos fragmenta, fetichiza e transforma em mercadoria. Ao fim restamos como aquele cadáver fotografado, abandonado nas ruas da Libéria, a genitália encoberta pela hipocrisia.

II – Despindo espartilhos.
Quando me propus escrever um depoimento a respeito da minha experiência com a nudez social e comunidades naturistas, não pretendia tanta tergiversação sobre a nudez e a sociedade têxtil. Entretanto, faz-se necessário compreender que despir-se das vestes no seio de uma coletividade implica não apenas assumir e respeitar seu próprio corpo, bem como afrontar toda uma ordem discursiva que entende existir no corpo o contrário daquilo que defendia Dora Vivacqua, ou seja, que portamos partes pudendas, vergonhosas, sujas e incontroláveis, e que por isso mesmo devem permanecer resguardadas para a intimidade. Ordem discursiva inerente aos interesses materiais e simbólicos do nosso tempo e sociedade. Tenho consciência da falta de ineditismo das reflexões que trago aqui, afinal, a discussão sobre a nudez social é antiga nas sociedades ocidentais (e há sociedades onde esta discussão sequer se faz necessária, pois jamais alijado o corpo do direito à nudez), tendo os movimentos de nudismo se organizado, na Europa por exemplo, desde o início do século XX.
Ainda assim, no Brasil, a nudez social é mal compreendida e resiste muito preconceito em relação ao tema e seus adeptos. Após o assassinato de Luz del Fuego, em 1967, o então chamado movimento naturalista começou a se dispersar, e sobraram alguns poucos adeptos do nudismo, que enfrentavam a marginalização e se entregavam à prática em praias de difícil acesso, estado agravado pela ditadura militar brasileira. Segundo narra Celso Rossi, em seu livro “Naturismo: a redescoberta do homem”, foi apenas a partir da segunda metade da década de 1980 que um movimento organizado, autointitulado naturista, começou a se desenvolver a partir da Praia do Pinho, no litoral catarinense. À época a Praia do Pinho, localizada no município de Balneário Camboriú, era acessada por uma estrada de terra bastante íngreme e em péssimo estado de conservação, o que atraía os praticantes da nudez social para aquele local, já que tornava-o pouquíssimo frequentado. Após uma reportagem sensacionalista da revista Manchete, em 1984, a Praia do Pinho foi apresentada ao país como um local onde pessoas nuas tomavam banho de sol e mar, atraindo para lá toda sorte de curiosos e a atenção das autoridades públicas e das forças de repressão. Como resposta à invasão de curiosos e à repressão aos naturistas frequentadores do Pinho, alguns destes começaram a organizar um movimento que, em 1986, resultou na Associação Amigos da Praia do Pinho e na redação de um Código de Ética Naturista. Dois anos depois, em 1988, ainda a partir do Pinho, foi fundada a Federação Brasileira de Naturismo (FBrN). Como se vê, uma história bastante recente. Segundo o “Guia brasileiro de naturismo”, publicado na edição de número 10 da revista “Brasil Naturista” (dezembro/2010), são pouco mais de vinte as áreas onde a nudez social é legalmente institucionalizada e praticada em todo território nacional, e estima-se em aproximadamente 300 mil o número de naturistas brasileiros declarados.
Foi justamente na Praia do Pinho, há poucos anos, que, acompanhado de minha esposa, passei a experienciar a nudez social. Experiência e vivência que pretendo brevemente discutir agora.
Considerando o fato de vivermos inseridos em uma sociedade profundamente hedonista, onde o culto a um corpo “perfeito”, padronizado nos discursos da moda, da mídia e da medicina estética, leva uma imensa quantidade de pessoas às academias de ginástica, mesas de cirurgia e aos balcões das lojas de sumprimentos alimentares e inibidores de apetite, o imaginário a respeito da geografização do nosso corpo muitas vezes potencializa nossas neuroses e nosso medo da nudez. Ou seja, além de toda a ordem discursiva que procura cercear nosso direito à nudez, tememos também nos despir por nos acharmos feios e disformes. Que nossa nudez agredirá o olhar do outro não apenas pela nudez em si mesma, mas porque nosso corpo nú, em particular, não condiz com uma norma estética, arbitrariamente idealizada, mas que muitas vezes reconhecemos como socialmente legítima. Internalizamos a crença de que estar fora desta idealização agride não apenas ao olhar que busca o “belo” em meu corpo, mas que permite ao outro me julgar não apenas como feio, mas também como um desleixado, por ter permitido que a indisciplina moldasse minhas carnes, ou, e ainda pior, como um fracassado, já que não perseverei no “cuidado de mim”. Assim, despir-se das vestes em público significa ato não apenas de ruptura com uma moral que encontra em nossos corpos partes pudendas, naturalmente obscenas, e por isso necessárias de serem encobertas, como já discutimos, mas também ato de assunção do próprio corpo enquanto estrutura integral e natural, apesar de todas as interferências culturais que sobre si recaem. Conviver socialmente com o corpo completamente descoberto significa, também, compreender uma mudaça de valoração social. Enquanto sujeitos múltiplos, continuaremos representando papeis, ainda que nús; porém, o fetiche que a sociedade têxtil imprime sobre nossos corpos através da indumentária e do jogo de esconder e revelar que esta estimula, na prática da nudez social dá lugar a outro nível de valoração, que considera o sujeito naquilo que este diz e na maneira como age no interior do grupo. Persistem com a prática da nudez social – não sejamos românticos – camadas de preconceito para consigo e para com o outro; entretanto, a primeira camada de julgamento social que tecemos quando avistamos alguém trajado com sua fantasia no seio de uma sociedade têxtil, desaparece. Serei julgado quando me fizer conhecer, e não apenas pelas etiquetas que exibo afixadas nos panos que me cobrem. E o que parece um geste breve, de pouca importância, resulta em um processo de novos despires onde pré-conceitos podem dar lugar a relações pautadas por conceitos, construídos a partir do conhecimento, do diálogo e da interação. Conceito que construímos não apenas a respeito do outro, bem como a respeito de nós mesmos; ou seja, a nudez social estimula a alteridade.
Sabemos, portanto, do quão transgressor pode se caracterizar o gesto de tirar a roupa e conviver socialmente sem esta. Insisto lembrar que o caráter transgressor da nudez está relacionado com o contexto social em que se insere, em nosso caso, a sociedade têxtil. A transgressão e ousadia do ato parece ainda maior quando se trata de corpos que a sociedade classificou como “defeituosos ou deficientes”. Ou seja, que por alguma característica que manifesta, afasta-se da imagem que temos de um corpo normal, construída em nosso imaginário. Digo isso de experiência própria, já que carrego em meu corpo as marcas de uma doença neuromuscular que me atrofiou os membros inferiores e superiores, e provocou “deformidades” em minha coluna e tórax. Então, além da necessidade de se descontruir todo discurso moralista, higiênico e jurídico que recai sobre a nudez social, a pessoa, cujo corpo se apresenta marcado por “deformidades”, necessita desconstruir o estigma que internalizou a partir de uma série de discursos limitadores e deformadores do portador de direitos especiais. Ao dizer isto, ocorre-me o caso de Emma Müller, filha do naturalista alemão Fritz Müller (1822-1897), radicado no Vale do Itajaí a partir de 1852. Emma possuía uma doença que lhe afetou o desenvolvimento físico e mental, e era, por este motivo, afastada do convívio social. Este caso chama ainda mais atenção quando sabemos que Fritz Müller, renomado cientista, foi um dos principais defensores da teoria evolucionista desenvolvida por Darwin. Temos consciência que situações de afastamento social, como no caso de Emma, não eram excessões, mas regra, no século XIX; e que apesar de todos os avanços jurídicos e de todas as mudanças culturais que presenciamos em nosso país naquilo que se refere aos direitos e às condições das pessoas portadoras de direitos especiais, ainda agora, em pleno século XXI, aquele que carrega no corpo os estigmas de uma doença ou trauma físico precisa lutar não apenas contra o preconceito social, mas principalmente contra os estigmas que internalizou e assumiu como reais. Se Malcom X ensinou às mulheres negras estadunidenses a se olharem no espelho e se reconhecerem enquanto belas, da mesma forma, cada sujeito, independente de suas “marcas pessoais”, deve aprender o mesmo.
Peço desculpas ao leitor se me estendi em demasia para dizer o que parece óbvio, mas ao pensar a respeito da minha experiência particular com a prática da nudez social, primeiramente na Praia do Pinho (um balneário preponderantemente turístico), e posteriormente na Colina do Sol (uma comunidade naturista), necessitei compreender as razões das dificuldades do ato de me despir, ainda que muito o desejasse; e percebi que tais razões perpassam toda uma teia que imbrica discursos e estratégias que se configuram no político e no pessoal, e que contribuíram na minha subjetivação. Ao compreender isto, percebi então a dimensão libertadora da nudez social. Libertadora porque contribuiu, primeiramente, para um processo de reconhecimento e aceitação pessoal, o que alterou estruturas internas, psicológicas. Ao me aceitar com todas as marcas que me constituem e me apresentam aos olhos do outro, nego a este outro o direito de me envergonhar, porque não há corpo que não carregue sua parcela de “graça” e “desgraça”. Quando despidos dos espartilhos contemporâneos, das vestes que nos imprimem uma ortopedia social, percebemos que não há liberdade na idealização, que o verdadeiro “Frankenstein” é aquele que obedece a todas as medidas, e que não pode, portanto, ser humano, ainda que tocado pela civilização. Só há “graça” na diferença, pois apenas a diferença pode oportunizar a conciliação, o congraçamento.
Assim, ao despir-me, na Praia do Pinho, reconheci a “graça” em mim, o “cuidado de si” não para atender às necessidades estéticas do outro, mas para a minha conciliação comigo mesmo, em um processo de reconhecimento da minha integralidade. Da mesma forma como o corpo de Viviane Castro não se resume à vagina, o meu não se resume ao pênis ou aos pés atrofiados, por exemplo, que até então escondia dos olhos que não fossem meus. Daí este sentido libertador que a nudez social significou para mim, e que se aprofundou depois que passei a frequentar a comunidade naturista Colina do Sol, no município gaúcho de Taquara. Em vida comunitária, a nudez social estabelece outros tipos de relações, ainda mais honestas, e as possibilidades da assunção integral de si são maiores e mais intensas.
Agora, ao finalizar estas linhas, recordo-me de uma situação que talvez possa sintetizar o que procurei compartilhar aqui. Há algum tempo, quando conversando com amigos a respeito da prática social da nudez, expliquei que em minha residência, na maior parte do tempo, não vestia qualquer tipo de roupa, e quando acaso aparecia alguma visita, era assim, nú, que a recebia. Neste momento um amigo interpelou-me, argumentando que tal prática não era adequada, já que eu deveria respeitar minhas visitas. Penso que foi justamente esta fala deste amigo que me levou a escrever estas linhas. Tal qual Dora Vivacqua, também não posso conceber que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisem esconder. Nasci nú, e nú fui primeiramente reconhecido. Desrespeito seria, portanto, aceitar que alguma parte minha deve causar vergonha a um amigo, que algo em meu corpo é, em essência, imoral ou indigno. Afinal, neste caso, a depravação não está na carne que se mostra, mas no olhar que julga.



* Viegas Fernandes da Costa é escritor e historiador. Autor dos livros “Pequeno álbum”, “De espantalhos e pedras também se faz um poema” e “Sob a luz do farol”. A publicação deste texto está permitida desde que mantido na íntegra e citado o autor.          http://viegasdacosta.blogspot.com/2011/01/sobre-nudez-social.html

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

medo ou amor ?

Todas as ações humanas são motivadas em seu nível mais profundo por uma entre duas emoções: medo ou amor. Na verdade, há apenas duas emoções — apenas duas palavras na linguagem da alma. Esses são os extremos opostos da grande polaridade que Eu criei quando produzi o Universo e o seu mundo, como o conhecem hoje. 
Há dois pontos — o Alfa e o Ômega — que tornam possível a existência do sistema que vocês chamam de “relatividade”. Sem os dois pontos, essas duas idéias sobre as coisas, nenhuma outra idéia poderia existir. 
Todos os pensamentos e atos humanos se baseiam no amor ou no medo. Não há outra motivação humana, e todas as outras idéias se originam dessas duas. São simplesmente versões diferentes variações do mesmo tema. 
Pense bastante sobre isso e perceberá que é verdadeiro. É o que Eu chamei de Pensamento Responsável, um pensamento de amor ou medo. É o primeiro pensamento, por trás do pensamento — sua força motora. É a energia natural que põe em movimento a máquina da experiência humana. 
E eis aqui como o comportamento produz experiência após experiência. É por isso que os seres humanos amam, depois destroem e então amam novamente: sempre existe a passagem de uma emoção para outra. O amor abona o medo, que abona o amor que abona o medo… 
…E o motivo é a primeira mentira — aquela que vocês têm como verdadeira em relação a Deus — a de que não se pode confiar Nele; nem depender do Seu amor; e que a aceitação Dele a seu respeito é condicional; que, portanto, o resultado final é incerto. Porque se vocês não puderem confiar em que o amor de Deus sempre existirá, no amor de quem poderão confiar? Se Deus os abandonar quando não agirem adequadamente, os simples mortais não farão o mesmo? 
E então sucede que quando vocês juram o seu amor mais sublime, enfrentam o seu maior medo. 
Porque a primeira coisa com que se preocupam depois de dizerem “eu o amo” é se ouvirão o mesmo como resposta. E se ouvirem, começarão imediatamente a preocupar-se com a possibilidade de perderem o amor que acabaram de encontrar. E por isso toda ação se torna uma reação — uma defesa contra a perda —, até mesmo quando vocês tentam defender-se contra a perda de Deus. 
Contudo, se soubessem Quem São — os seres mais maravilhosos e notáveis que Deus já criou — nunca sentiriam medo. Quem os poderia rejeitar? Nem mesmo Deus encontraria falhas em seres assim. 
Mas vocês não sabem Quem São, e se consideram ser muito menos. E de onde tiraram a idéia de que são muito menos do que maravilhosos? Das únicas pessoas cujas palavras aceitariam para tudo: sua mãe e seu pai. 
Essas são as pessoas que vocês amam mais. Por que mentiriam? Porém, elas não lhes disseram que é demais isso, e não o suficiente aquilo? Não Ihes lembraram que devem ser vistos e não ouvidos? Não os repreenderam em alguns de seus momentos de maior exuberância? E não os incentivaram a deixar de lado algumas de suas idéias mais fantásticas? 
Essas são as mensagens que vocês receberam, e embora elas não estejam de acordo com as normas, e portanto não sejam de Deus, poderiam ter sido, porque certamente vieram dos deuses do seu universo. 
Foram os seus pais que lhes ensinaram que o amor é condicional — vocês tiveram consciência de suas condições muitas vezes — e é essa a experiência que levam para os seus próprios relacionamentos amorosos. 
Também é a experiência que levam para Mim. 
A partir dessa experiência, tiram suas conclusões sobre Mim. 
Dentro dessa estrutura, contam a sua verdade. Dizem: “Deus é amoroso, mas se vocês não cumprirem os Seus Mandamentos, Ele os punirá com o desterro e a condenação eterna.” 
Vocês já não experimentaram o desterro que lhes foi imposto por seus próprios pais? 
Não conhecem a dor da sua condenação? Como então poderiam imaginar que fosse diferente Comigo? 
Vocês se esqueceram de como é ser amado incondicionalmente. Não se lembram da experiência do amor divino. E por isso tentam imaginar como deve ser o amor de Deus baseado no que sabem sobre o amor no mundo. Vocês projetaram o papel de “pai” em Deus, e por esse motivo imaginam um Deus que julga, recompensa ou pune, baseado em como Ele se sente em relação ao que fizeram. Mas essa é uma visão simplista de Deus, baseada em sua mitologia. Não tem nada a ver com Quem Eu Sou. 
Tendo assim criado todo um sistema de pensamento sobre Deus baseado na experiência humana, em vez de nas verdades espirituais, vocês imaginam toda uma realidade a respeito do amor. É uma realidade baseada no medo, na idéia de um Deus temível e vingativo. Seu Pensamento Responsável está errado, mas negá-lo seria rejeitar toda a sua teologia. E apesar do fato de que a nova teologia que iria substituí-la seria realmente a sua salvação, vocês não podem aceita-la, porque a idéia de um Deus que não deve ser temido, não julga e não tem motivos para punir é maravilhosa demais para ser aceita dentro de sua crença maior em Quem e O Que Deus é. 
Essa realidade do amor que evidencia o medo domina a sua experiência do amor; de fato, permite criá-la. Porque vocês não só se vêem recebendo um amor que é condicional, como também dando-o do mesmo modo. E mesmo quando recuam e impõem as suas condições, uma parte de vocês sabe que não é isso que o amor realmente é. Ainda assim, parecem incapazes de mudar o modo como o dispensam. Vocês aprenderam da maneira mais difícil, e dizem a si mesmos que serão condenados ao sofrimento se forem vulneráveis de novo. Mas a verdade é que o serão se não forem vulneráveis. 
[Devido aos seus próprios pensamentos (errôneos) a respeito do amor, vocês se condenam a nunca experimentá-lo puramente. Por isso, também se condenam a não Me conhecer como realmente sou. Enquanto não amarem puramente. Porque vocês não conseguirão negar-Me para sempre, e chegará o momento da nossa Reconciliação.] 
Todos os atos realizados pelos seres humanos se baseiam no amor ou no medo, não simplesmente os que dizem respeito aos relacionamentos. As decisões que afetam os negócios, a indústria, a política, a religião, a educação de seus jovens, os compromissos sociais de suas nações, os objetivos econômicos de sua sociedade, as escolhas que envolvem guerra, paz, ataque, defesa, agressão, submissão, as determinações de cobiçar algo ou dar aos outros, guardar ou partilhar, unir ou dividir — todas as escolhas feitas por livre vontade que já fizeram surgem de um dos dois únicos pensamentos possíveis que existem: de amor ou medo. 
O medo é a energia que restringe, paralisa, retrai, leva-os a fugir e esconder-se, e fere. 
O amor é a energia que expande, move, revela, leva-os a ficar e partilhar, e cura. 
O medo cobre os seus corpos de roupas, o amor lhes permite ficar nus. O medo os faz segurar tudo o que têm, o amor dá tudo aos outros. O medo sufoca, o amor mostra afeição. O medo oprime, o amor liberta. O medo irrita, o amor acalma. O medo critica, o amor regenera. 
Todos os pensamentos e atos e todas as palavras humanas se baseiam em uma dessas emoções. Vocês não têm escolha em relação a isso, porque nada mais há a escolher. Mas têm livre-arbítrio para decidir qual dessas selecionar.


domingo, 21 de agosto de 2011

Que Haja, Também, Doutores

photo by taruntej

O médico medica, remediando o mal.
O professor professa, prevenindo o mal.
O doutor doutrina, promovendo o bem.

A boa doutrina nos ensina a pensar;
ensina das causas, do prevenir e curar;
ensina do direito e do reivindicar.

Empoderando a todos,
Unimo-nos todos,
A doutores formar.

saudações:
http://www.drmarciobontempo.com.br
http://www.doutoralberto.com
http://www.­mkgandhi.­org
http://www.jesus.4uon6.tk

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Declaração de Princípios da Cidadania Planetária

Pro Planetary Life Sign photo by Street Protest TV
Exerça plenamente a sua nacionalidade, mas não esqueça: somos todos cidadãos planetários.

Por conseguinte, formamos uma só família ante o cosmos. É bom recordar que, para quem nos vê de fora, nada mais somos do que uma família vivendo em um berço planetário.

Se somos uma família, torna-se inconcebível a falta de indignação diante do estado de miséria – tanto material quanto espiritual – em que vive grande parcela dos irmãos e irmãs planetários.

Existe uma força política na sociedade que, quando estrategicamente direcionada, exerce em toda sua plenitude o direito e o dever de cobrar das forças estabelecidas o honroso cumprimento dos direitos humanos. Essa “força íntima” é pacífica porém ativa; suave na tolerância, jamais violenta, mas perene na exigência contínua de se construir a paz, a concórdia e a inadiável consciência quanto à necessidade de se melhorar as condições do nível de vida na Terra. Exercer essa força no cotidiano das nossas vidas, agindo localmente com a atenção voltada para o aspecto maior planetário, é dever de cada um e de todos.

Respeitar as forças políticas estabelecidas, os governos regionais e nacionais; valorizar as organizações representativas de caráter mundial – imprescindíveis para a evolução terrestre – mas, acima de tudo, pregar a necessária consciência da unidade planetária perante o cosmos.

Na verdade, somos todos cidadãos cósmicos no exercício eventual de uma cidadania planetária, como de resto o são todos os irmãos e irmãs espalhados pelas muitas moradas do Universo.

Porém, devido ao atual estágio de percepção que caracteriza a quem vive na Terra, buscar a consciência do exercício pleno da cidadania, seja em que nível for, é a grande meta a ser atingida.

Se você concorda com os princípios e objetivos da cidadania planetária, junte-se a nós em pensamento, intenção e atitudes.

Assuma consigo mesmo o compromisso maior de construir na Terra esta utopia, que foi e é o objetivo de muitos que aqui vieram ensinar as noções do exercício pleno da cidadania cósmica, testemunhando o amor como postura básica e essencial na convivência entre os seres.

Propague esta idéia, em especial para as novas gerações.

Sonhe e trabalhe por um mundo melhor. E saiba que muitos estão fazendo exatamente o mesmo.

Esta é uma mensagem de fé e de esperança na vida e na nossa capacidade de dignificá-la cada vez mais.

http://www.orbum.org

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Amor, Ordem e Progresso


A inscrição “ordem e progresso” da bandeira nacional, inserida em 1889 pela então recém-instalada República, poderá mudar. O Projeto de Lei 2179/03, do deputado Chico Alencar (RJ), altera a expressão para “Amor, Ordem e Progresso”.

Segundo o autor do projeto, o lema positivista que inspirou a inscrição – “o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim” – terminou resumido na expressão “ordem e progresso”. Para ele, esta redução “fez perder a essência da frase original, que procura traduzir o positivismo como a religião do amor, da ordem ou do progresso”.
O objetivo da proposta é resgatar a essência do lema original do positivismo na inscrição da bandeira nacional.

detalhes do projeto
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=136692

Brasil dos Brasileiros: Somos, Somamos e Dividimos Igualmente com Igualdade

Serra da Canastra + Chapdão da Babilônia (Panorama)

Segundo a constituição somos todos iguais perante a lei e temos direito à igualdade.

O Brasil sendo um pais de todos os brasileiros, entende-se que, cada brasileiro, por direito, faz jus a uma parte do somatória de todas as riquezas produzidas ou as riquezas que este possui, e, também, a uma parte de toda extensão territorial.

Ex.: Numa família, se nasce e cresce desfrutando igualmente de todos os bens da família. Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença e na riqueza e na pobreza.

Segundo dados do IBGE/2010, somos uma nação de 185.712.713 brasileiros em uma área de 8.547.403 km2

Pergunta-se:

Quanto rico é o brasileiro?

Qual a área, do território nascional, que o brasileiro faz jus?

O brasileiro nasce rico ou nasce pobre?

Tendo o brasileiro direito à propriedade, que propriedade tem quem nada possui?

sábado, 30 de julho de 2011

A EVOLUÇÃO DO GOVERNO REPRESENTATIVO

VOTE by Theresa Thompson




A democracia, enquanto um ideal, é um produto da civilização, não da evolução. Ide devagar! Escolhei com cuidado! Pois os perigos da democracia são:
1. A glorificação da mediocridade.
2. A escolha de governantes vis e ignorantes.
3. O fracasso em reconhecer os fatos fundamentais da evolução social.
4. O perigo do sufrágio universal nas mãos de maiorias pouco instruídas e indolentes.
5. A escravidão à opinião pública; a maioria nem sempre está certa.
A opinião pública, a opinião comum, sempre atrasou a sociedade; contudo, ela é valiosa, pois, conquanto retarde a evolução social, ela preserva a civilização. A educação da opinião pública é o único método seguro e verdadeiro de acelerar a civilização; a força é um expediente apenas temporário, e o crescimento cultural irá acelerar cada vez mais, se a arma que lança projéteis der lugar à arma pelo voto. A opinião pública e os costumes são a energia básica e elementar da evolução social e do desenvolvimento do estado, mas para que tenha valor, para o estado, deve ser não violenta na sua expressão.
A medida do avanço da sociedade é diretamente determinada pelo grau com que a opinião pública pode controlar o comportamento pessoal e pelas regulamentações do estado, por meio de expressões não violentas. Um governo realmente civilizado terá chegado quando a opinião pública estiver investida dos poderes do voto pessoal. As eleições populares nem sempre podem decidir corretamente as coisas, mas elas representam o modo certo, até mesmo de fazer uma coisa errada. A evolução não produz, de imediato, a perfeição superlativa, ela faz um ajustamento antes comparativo e de avanço prático.
Há dez passos, ou estágios, na evolução de uma forma de governo representativo que seja prática e eficiente, e esses passos são:
1. A liberdade da pessoa. A escravidão, a servidão e todas as formas de sujeição humana devem desaparecer.
2. A liberdade da mente. A menos que um povo livre esteja bem instruído – preparado para pensar inteligentemente e para planejar com sabedoria –, a liberdade, em geral, causa mais mal do que bem.
3. O âmbito da lei. A liberdade pode ser desfrutada apenas quando as vontades e os caprichos dos governantes humanos são substituídos pelos atos do legislativo, de acordo com a lei fundamental aceita.
4. A liberdade de discurso. Um governo representativo é inconcebível sem liberdade para todas as formas de expressão, para as aspirações e as opiniões humanas.
5. A segurança da propriedade. Nenhum governo pode resistir muito, se deixar de proporcionar o direito ao desfrute da propriedade pessoal de alguma forma. O homem anseia pelo direito de usar, controlar, dar, vender, alugar e legar a sua propriedade pessoal.
6. O direito de petição. O governo representativo assume o direito de serem ouvidos, que os cidadãos têm. O privilégio de petição é inerente à cidadania livre.
7. O direito de governar. Não é suficiente ser ouvido; o poder de reivindicar deve progredir até à administração factual do governo.
8. O sufrágio universal. O governo representativo pressupõe um eleitorado inteligente, eficiente e universal. O caráter desse governo será determinado sempre pelo caráter e pelo calibre daqueles que o compõem. À medida que a civilização progride, o sufrágio, ainda que permanecendo universal, para ambos os sexos, deverá ser efetivamente modificado, reagrupado e diferenciado de outros modos.
9. O controle dos servidores públicos. Nenhum governo civil será útil e eficiente, a menos que os cidadãos possuam e façam uso de técnicas sábias para conduzir e controlar os cargos e os funcionários.
10. Uma representação inteligente e treinada. A sobrevivência da democracia depende de um governo representativo que tenha êxito; e isso é condicionado à prática de eleger aos postos públicos apenas indivíduos tecnicamente treinados, que sejam intelectualmente competentes, socialmente leais e moralmente adequados. Apenas com essas precauções pode o governo do povo, pelo povo e para o povo ser preservado.
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