segunda-feira, 29 de agosto de 2011

medo ou amor ?

Todas as ações humanas são motivadas em seu nível mais profundo por uma entre duas emoções: medo ou amor. Na verdade, há apenas duas emoções — apenas duas palavras na linguagem da alma. Esses são os extremos opostos da grande polaridade que Eu criei quando produzi o Universo e o seu mundo, como o conhecem hoje. 
Há dois pontos — o Alfa e o Ômega — que tornam possível a existência do sistema que vocês chamam de “relatividade”. Sem os dois pontos, essas duas idéias sobre as coisas, nenhuma outra idéia poderia existir. 
Todos os pensamentos e atos humanos se baseiam no amor ou no medo. Não há outra motivação humana, e todas as outras idéias se originam dessas duas. São simplesmente versões diferentes variações do mesmo tema. 
Pense bastante sobre isso e perceberá que é verdadeiro. É o que Eu chamei de Pensamento Responsável, um pensamento de amor ou medo. É o primeiro pensamento, por trás do pensamento — sua força motora. É a energia natural que põe em movimento a máquina da experiência humana. 
E eis aqui como o comportamento produz experiência após experiência. É por isso que os seres humanos amam, depois destroem e então amam novamente: sempre existe a passagem de uma emoção para outra. O amor abona o medo, que abona o amor que abona o medo… 
…E o motivo é a primeira mentira — aquela que vocês têm como verdadeira em relação a Deus — a de que não se pode confiar Nele; nem depender do Seu amor; e que a aceitação Dele a seu respeito é condicional; que, portanto, o resultado final é incerto. Porque se vocês não puderem confiar em que o amor de Deus sempre existirá, no amor de quem poderão confiar? Se Deus os abandonar quando não agirem adequadamente, os simples mortais não farão o mesmo? 
E então sucede que quando vocês juram o seu amor mais sublime, enfrentam o seu maior medo. 
Porque a primeira coisa com que se preocupam depois de dizerem “eu o amo” é se ouvirão o mesmo como resposta. E se ouvirem, começarão imediatamente a preocupar-se com a possibilidade de perderem o amor que acabaram de encontrar. E por isso toda ação se torna uma reação — uma defesa contra a perda —, até mesmo quando vocês tentam defender-se contra a perda de Deus. 
Contudo, se soubessem Quem São — os seres mais maravilhosos e notáveis que Deus já criou — nunca sentiriam medo. Quem os poderia rejeitar? Nem mesmo Deus encontraria falhas em seres assim. 
Mas vocês não sabem Quem São, e se consideram ser muito menos. E de onde tiraram a idéia de que são muito menos do que maravilhosos? Das únicas pessoas cujas palavras aceitariam para tudo: sua mãe e seu pai. 
Essas são as pessoas que vocês amam mais. Por que mentiriam? Porém, elas não lhes disseram que é demais isso, e não o suficiente aquilo? Não Ihes lembraram que devem ser vistos e não ouvidos? Não os repreenderam em alguns de seus momentos de maior exuberância? E não os incentivaram a deixar de lado algumas de suas idéias mais fantásticas? 
Essas são as mensagens que vocês receberam, e embora elas não estejam de acordo com as normas, e portanto não sejam de Deus, poderiam ter sido, porque certamente vieram dos deuses do seu universo. 
Foram os seus pais que lhes ensinaram que o amor é condicional — vocês tiveram consciência de suas condições muitas vezes — e é essa a experiência que levam para os seus próprios relacionamentos amorosos. 
Também é a experiência que levam para Mim. 
A partir dessa experiência, tiram suas conclusões sobre Mim. 
Dentro dessa estrutura, contam a sua verdade. Dizem: “Deus é amoroso, mas se vocês não cumprirem os Seus Mandamentos, Ele os punirá com o desterro e a condenação eterna.” 
Vocês já não experimentaram o desterro que lhes foi imposto por seus próprios pais? 
Não conhecem a dor da sua condenação? Como então poderiam imaginar que fosse diferente Comigo? 
Vocês se esqueceram de como é ser amado incondicionalmente. Não se lembram da experiência do amor divino. E por isso tentam imaginar como deve ser o amor de Deus baseado no que sabem sobre o amor no mundo. Vocês projetaram o papel de “pai” em Deus, e por esse motivo imaginam um Deus que julga, recompensa ou pune, baseado em como Ele se sente em relação ao que fizeram. Mas essa é uma visão simplista de Deus, baseada em sua mitologia. Não tem nada a ver com Quem Eu Sou. 
Tendo assim criado todo um sistema de pensamento sobre Deus baseado na experiência humana, em vez de nas verdades espirituais, vocês imaginam toda uma realidade a respeito do amor. É uma realidade baseada no medo, na idéia de um Deus temível e vingativo. Seu Pensamento Responsável está errado, mas negá-lo seria rejeitar toda a sua teologia. E apesar do fato de que a nova teologia que iria substituí-la seria realmente a sua salvação, vocês não podem aceita-la, porque a idéia de um Deus que não deve ser temido, não julga e não tem motivos para punir é maravilhosa demais para ser aceita dentro de sua crença maior em Quem e O Que Deus é. 
Essa realidade do amor que evidencia o medo domina a sua experiência do amor; de fato, permite criá-la. Porque vocês não só se vêem recebendo um amor que é condicional, como também dando-o do mesmo modo. E mesmo quando recuam e impõem as suas condições, uma parte de vocês sabe que não é isso que o amor realmente é. Ainda assim, parecem incapazes de mudar o modo como o dispensam. Vocês aprenderam da maneira mais difícil, e dizem a si mesmos que serão condenados ao sofrimento se forem vulneráveis de novo. Mas a verdade é que o serão se não forem vulneráveis. 
[Devido aos seus próprios pensamentos (errôneos) a respeito do amor, vocês se condenam a nunca experimentá-lo puramente. Por isso, também se condenam a não Me conhecer como realmente sou. Enquanto não amarem puramente. Porque vocês não conseguirão negar-Me para sempre, e chegará o momento da nossa Reconciliação.] 
Todos os atos realizados pelos seres humanos se baseiam no amor ou no medo, não simplesmente os que dizem respeito aos relacionamentos. As decisões que afetam os negócios, a indústria, a política, a religião, a educação de seus jovens, os compromissos sociais de suas nações, os objetivos econômicos de sua sociedade, as escolhas que envolvem guerra, paz, ataque, defesa, agressão, submissão, as determinações de cobiçar algo ou dar aos outros, guardar ou partilhar, unir ou dividir — todas as escolhas feitas por livre vontade que já fizeram surgem de um dos dois únicos pensamentos possíveis que existem: de amor ou medo. 
O medo é a energia que restringe, paralisa, retrai, leva-os a fugir e esconder-se, e fere. 
O amor é a energia que expande, move, revela, leva-os a ficar e partilhar, e cura. 
O medo cobre os seus corpos de roupas, o amor lhes permite ficar nus. O medo os faz segurar tudo o que têm, o amor dá tudo aos outros. O medo sufoca, o amor mostra afeição. O medo oprime, o amor liberta. O medo irrita, o amor acalma. O medo critica, o amor regenera. 
Todos os pensamentos e atos e todas as palavras humanas se baseiam em uma dessas emoções. Vocês não têm escolha em relação a isso, porque nada mais há a escolher. Mas têm livre-arbítrio para decidir qual dessas selecionar.


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