quinta-feira, 14 de maio de 2015

Você foi ensinado assim.

Desde muito cedo lhe foi dito que é "ruim". Você aceita a idéia de que nasceu "com pecado". Sentir-se culpado é uma reação que aprendeu a ter. Lhe foi dito para se sentir culpado sobre si mesmo por coisas que você fez antes mesmo que pudesse fazer qualquer coisa. Ensinaram-lhe que devia envergonhar-se por não ter nascido perfeito.

Esse suposto estado de imperfeição em que é dito que você veio ao mundo é o que a sua religião tem o desplante de chamar de pecado original. E é pecado original, mas não seu. É o primeiro pecado cometido contra você por um mundo que não sabe coisa alguma sobre Deus se acha que Deus iria, ou poderia, criar algo imperfeito.

Algumas de suas religiões criaram teologias em torno dessa interpretação errônea. E trata-se literalmente disso: uma interpretação errônea. Porque tudo que Deus concebe —tudo a que Deus da vida— é perfeito; um reflexo perfeito da própria perfeição, criada à imagem e semelhança de Deus.

Contudo, para justificar a idéia de um Deus punitivo, suas religiões precisaram criar algo que irritasse Deus, a fim de que até mesmo as pessoas que levam vidas exemplares tenham de ser salvas. Se elas não tiverem de ser salvas de si mesmas, terão de ser de sua própria imperfeição inata. Então essas religiões dizem que é melhor você tomar alguma providência a esse respeito —ou irá direto para o inferno.

No final, isso pode não acalmar um Deus misterioso, vingativo e irascível, mas dá origem a religiões misteriosas, vingativas e irascíveis. Dessa forma, as religiões se perpetuam e o poder é concentrado nas mãos de poucos, em vez de nas mãos de muitos.

É claro que você escolhe constantemente o pensamento menos importante, a idéia mais insignificante, o pior conceito sobre si mesmo e seu próprio poder, sem falar no conceito de Deus e o Poder de Deus. Você foi ensinado assim.






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