domingo, 24 de julho de 2011

Sociedade Escravista Moderna

Of The Earth por Lucas Krech, no Flickr
Cada um de nós nasce com qualidades únicas que trazemos como dons para partilhar na confecção do tecido da Vida em nosso tempo.
Assim, somos todos iguais perante lei.
Assim, somos todos iguais sob sol.
Da terra nascemos e para ela retornamos.
O trabalho executado em espontânea alegria é digno e a todos dignifica.

Porém, o que vemos, e, somos coniventes no à seguir:
Às custas de salários mínimos, pessoas iguais à nós, vivem vidas minguadas, isoladas na escassez e rodeadas pela abundância.
Lhes são negados o devido reconhecimento por seus dons. Isso, quando não são negados à elas o conhecimento dos próprios dons.
Trabalham em condições injustas por verem-se à margem da lei que deveria protege-las. Não percebem um horizonte pois na ilusão da sobrevivência tem os olhos voltados à terra donde nasceram.
A elas lhes são negadas direitos que poucos de nós usufruem pelo simples fato de não possuírem uma certa quantia do objeto de troca que deveria atuar como medianeiro facilitante entre as relações comerciais dos trabalhadores em geral.
Assim, estas pessoas são excluídas e marginalizadas de participar amplamente das conquistas da sociedade, que como um todo, construiu.

Eis os escravos de nosso tempo. Subjugados pela aparente liberdade de um salário indigno no fim dum mês.

De fato, se desejamos ser em verdade livres, é inteligente trabalhar pela libertação de todos. Pois por quanto não percebemos o horizonte estamos olhando para nós mesmos olhando para chão.
Assim somos escravos também ao nosso turno. Fechando os olhos para o que está evidente e acreditando na mentira de ser menos ou mais importante que qualquer um dos que compõem o tecido da Vida.

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